PEDRA DE TOQUE
Por Carlos Sena
Nunca mais eu dormi tarde. Nunca mais eu vi o dia clareando e as primeiras pessoas passando rumo ao presente. Nunca mais eu vi restos de notívagos jogados no calçadão da praia, ou rolando na areia com as suas quengas. Nunca mais eu me vi nunca menos. A gente vê o dia raiando e se sente menos diante da grandeza do universo. A gente, se sentindo menos começa a querer retomar o poder de querer ser mais. Ser mais romântico, ser menos teórico, ter mais tempo pra assistir ao sol se pondo e ao dia amanhecendo. Ser mais solidário, menos otário ao perder tempo com asneiras.
Nunca mais eu tinha visto a simbiose da vida que divide.
Nunca mais eu tinha sido a vida sem revide
Nunca mais “AIS” eu tinha visto evaporando a esmo
Nunca mais eu comi doce, sequer um pedacinho de torresmo.
Assim, sendo hoje sábado, eu posso ser domingo ensolarado para felicitar as tardes de futebol ajudando aqueles que fazem gol de placa na vida; que não perdem pênalti; que não cometam faltas graves. Por isto canto a canção de quando setembro vier. Não sei se lá serei homem ou mulher, mas terei mãos, serei rei do solo que o instrumento invoca. Toca o piano, toca. Toca o violino menino toca. Toca o pandeiro, toca. Toca o roçado, toca. Toca o milagre dos pães, toca. Por assim dizer, toca na pedra que dá toque à vida. Vida ávida sedenta do remelexo intrépido que o paralelepípedo ignora... Agora não é mais nunca mais, porque a vida tem sempre um toque de nunca menos.
Por Carlos Sena
Nunca mais eu dormi tarde. Nunca mais eu vi o dia clareando e as primeiras pessoas passando rumo ao presente. Nunca mais eu vi restos de notívagos jogados no calçadão da praia, ou rolando na areia com as suas quengas. Nunca mais eu me vi nunca menos. A gente vê o dia raiando e se sente menos diante da grandeza do universo. A gente, se sentindo menos começa a querer retomar o poder de querer ser mais. Ser mais romântico, ser menos teórico, ter mais tempo pra assistir ao sol se pondo e ao dia amanhecendo. Ser mais solidário, menos otário ao perder tempo com asneiras.
Nunca mais eu tinha visto a simbiose da vida que divide.
Nunca mais eu tinha sido a vida sem revide
Nunca mais “AIS” eu tinha visto evaporando a esmo
Nunca mais eu comi doce, sequer um pedacinho de torresmo.
Assim, sendo hoje sábado, eu posso ser domingo ensolarado para felicitar as tardes de futebol ajudando aqueles que fazem gol de placa na vida; que não perdem pênalti; que não cometam faltas graves. Por isto canto a canção de quando setembro vier. Não sei se lá serei homem ou mulher, mas terei mãos, serei rei do solo que o instrumento invoca. Toca o piano, toca. Toca o violino menino toca. Toca o pandeiro, toca. Toca o roçado, toca. Toca o milagre dos pães, toca. Por assim dizer, toca na pedra que dá toque à vida. Vida ávida sedenta do remelexo intrépido que o paralelepípedo ignora... Agora não é mais nunca mais, porque a vida tem sempre um toque de nunca menos.