MARIA LUÍZA
MARIA LUÍZA
Maria,
De tantas Marias que conheci
Tu foste a mais bela.
Teus olhos da cor de mel
Faiscavam quando cruzavam os meus.
Maria,
Dos desejos ocultos dos estudantes do bairro.
De uma pele sedosa que chegavam a reluzir
Ao brilho do sol nascente.
Teus cabelos longos e pretos balançavam
A cada ventania que insistia a soprar.
Ah! Menina dos lábios de mel
Retocados de um vermelho convidativo
Que pareciam sedas reluzentes.
Maria, Maria,
Cresceste e assumiste a mulher que és.
Com o amor de mãe dedicada,
Transbordas de alegria a exibir teu primogênito.
Belo garoto, tão belo quanto a ti
Que continuas com tua beleza intacta.
Teu sobrenome é dotado de luz
Por isso a chamam de Luíza.
Brilhas, oh! Maria,
No berço esplendido deste reinado fictício
Onde és a Rainha de um coração partido.
Teu diamante negro encontra-se cravado
Nos alicerces deste teu belo coração.
Maria Luíza,
De um esplendor incomensurável,
Que reluz nas incógnitas de um coração partido,
Fazendo que as esperanças no futuro
Seja o antídoto para apagar esta saudade.
Maurice Astaire