OSCAR NIEMEYER

Esculpiu no concreto

As marcas de seus traços

Valorizando as curvas da mulher

Com prancheta e compasso...

E tantos arranha céus

E das obras espalhadas

Deixou o seu legado...

Renegou-se aos 100 anos

Mas viveu muito mais...

Mesmo dizendo que a vida não é justa,

Buscou viver cada vez mais...

Suas obras planetárias

Como quem a buscar o espaço

Permanecerão sempre vivas...

Nas curvas de seus projetos,

Imitava o horizonte que contorna a natureza...

Transpôs para o papel

O que entendia por beleza...

Edificou suas obras

Como a buscar na irreverência

A visibilidade mais perfeita...

Não morreu este homem,

Sem que deixasse em seu traçado

Em linhas retas ou curvilíneas

A prova, de por aqui ter passado...

Veio e nos disse em forma de arquiteto

Que é possível revelar a alma e o molejo

Na frieza do concreto.