"Todos temos os nossos desassocegos"
( A propósito de um texto de JúlioSeidental: "Como nascem os meninos masculinos")
-Somos personagens e espectadores do teatro da vida.
-Os desassocegos provocados pelas memórias,
aquelas que não se dissiparam no cotidiano, permanecem
e podem transformarem-se em literatura.
-Os esqueletos das memórias passeiam nos labirintos do
pensamento e das sensações. As suas aflições nos dão a ilusão
de realidade; se peregrino por entre elas, inquietam-me, mas
elas continuam obscuras e por representarem o cenário de
nossa sanidade e base das experiências vividas, não podem ser
descartadas.Reconhecemos que somos elaborados de
irrealidades e angústias, amores e rancores, que são o ponto de
partida para que possamos nos reconhecer no labirinto das
ilusões. Os sonhos, estes sim, são anônimos e desnecessários,
nã valem mais do que um lamento de esquecimento.
-Foi o que o texto me sugeriu, mais do que pude entendê-lo.
Jamil Hamas.
(E-Mail: afsouzamanini@gmail.com)