Princesa de olhos marejados

Sou a princesa de olhos puros,

Sou aquela que te desejou um dia,

Mal falada e interpretada, sucumbi...

Boas cantadas não se jogam fora,

Bons discos de vinis também não,

Carta fora do baralho, ou na mesa tanto faz,

Trovas e versos numa bela canção....

A ternura hoje está molhada,

E os pássaros não cantam mais a nossa canção,

Poderia deixar que tudo melhorasse...

Mas o sofrimento me dá o porque de coexistir,

Danço como a bailarina da sua caixinha de música,

Que depois de cair, gira sem precisão...

Sou a pobre princesa de olhos marejados,

Não se engana mais com belas canções,

Vertigens na vitrola,

Tento controlar minhas emoções...

Disfarço a rejeição,

Olhando os cacos,

Retalhados,

Espalhados pelo chão...

Faminta no vazio desta pobre ilusão.

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Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 06/12/2012
Reeditado em 26/02/2013
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