Princesa de olhos marejados
Sou a princesa de olhos puros,
Sou aquela que te desejou um dia,
Mal falada e interpretada, sucumbi...
Boas cantadas não se jogam fora,
Bons discos de vinis também não,
Carta fora do baralho, ou na mesa tanto faz,
Trovas e versos numa bela canção....
A ternura hoje está molhada,
E os pássaros não cantam mais a nossa canção,
Poderia deixar que tudo melhorasse...
Mas o sofrimento me dá o porque de coexistir,
Danço como a bailarina da sua caixinha de música,
Que depois de cair, gira sem precisão...
Sou a pobre princesa de olhos marejados,
Não se engana mais com belas canções,
Vertigens na vitrola,
Tento controlar minhas emoções...
Disfarço a rejeição,
Olhando os cacos,
Retalhados,
Espalhados pelo chão...
Faminta no vazio desta pobre ilusão.
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