REUS DE NENHUMA OFENSA
Como não haviam reis
Todos os dragões se manifestavam
Ao semblante dos anfitriões
De toda longevidade;
Enquanto isso, fora de suas leis
Os réus de nenhuma ofensa
Buscavam moralidade aos corações
Com sua própria voracidade...
Como não haviam fadas
Todos os castelos feitos de areia
Se destemiam as águas da natureza
Por medo de um futuro qualquer
Enquanto isso, as donzelas mal amadas
Sufocantes em meio a própria beleza
Despertavam corações de outras fraquezas
Sem jamais entenderes que eras tu; própria mulher
A suportar o encanto da blasfêmia
A regredir de coragem de supremacia
A despertar no deserto o ser que dorme
E sonhar com anjos tão fora de si;
E contra o seu próprio desejo
E contra o seu próprio veneno
Corrente ao sangue vivo da feminilidade
Não percebes que um dia irás de fato, dormir...
Ao nosso lado, sem nenhuma blasfêmia
Ao nosso lado, sem nenhuma ofensa...