Dias de sonhos
Era um fim de tarde, onde nós nos olhávamos e timidamente esperávamos o dia passar.
Com esta bela cena, me veio a mente declarar meu amor a ti.
A lua esteve de prova, testemunhou todas as minhas inocentes palavras.
Falei de todo meus sentimentos, uma jura que não se é comum nos dias atuais.
O tempo foi passando, e com ele, levou nossa intimidade, nos afastando sem motivos.
Nossas conversas, não passavam mais de saudações, raros ficaram os abraços.
Maldito tempo, que ao menos esperar, me fazia apenas lhe ver.
Lhe via sorrir, chorar, e por mais que quisesse, o que mais doeu foi ver você amar.
Era um dia comum, te via passar com um outro alguém. Pensei que era um primo seu.
Você não me viu, e com um gesto incomum, você o puxou para beijar.
O que houvera com minha declaração, e como diabos foi que você me esqueceu?
Depois do amor que lhe tinha, vê-la fazer isto foi o segundo sentimento mais forte que senti. Só existia dor.
Sempre ao passar por sua casa, lhe reverenciava, saudava os muros a que te protegia.
A ignorância por pensar que você era minha, me fez cego com o tempo.
Você antes me amava, hoje não passo mais do que um breve sonho para você.
Você sonhou comigo, mas por que somente eu tive que ter o pesadelo?
O vento lhe levou cada palavra aos ouvidos, a brisa nos agraciava incessantemente.
O calor dos nossos corpos dava vida a uma relação que impus minha alma.
Teria eu sonhado com aquele precioso dia?
Hoje, vejo a lua, e me pergunto por que apenas ela foi que ouviu a minha declaração?
Ao passar dos dias, não sei mais o que sinto.
Não sei se é amor, ou se é raiva, tristeza ou solidão.
Angústia, agonia, saudades ou paixão.
Todo o meu amor, morreu. Não tenho mais coração.