AOS MEUS CIÚMES

Todo dia te olho como se fosse a primeira vez.Te apanho no meu quintal de pensamentos e te planto, ali, perto do meu coração.Te adubo com veemência, não salutar, te prendendo entre as mãos, querendo só a ti abraçar.

Ah, ciúmes, deixa-me livre, não quero te plantar. E mesmo assim, como se fosse meu trabalho nessa lavoura, me escravizas a te colher, sofregadamente.

Canso-me, tento desistir, e o fim do plantio chega, recolho-me aos meus aposentos.

No novo dia, com a peneira na mão, saio à lavoura, levo sementes e de novo te planto.

Ah, ciúmes, quisera saber plantar mais amores perfeitos e só então poderia te deixar no chão, sem te plantar.

Negra Noite- 05/12/2012- 06:19 horas

Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 05/12/2012
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