E noite
E noite, e na imensidão escura procuro por você. o clarão da vela que ilumina meu quarto, no balé trôpego de sua chama, embriaga-me o pensamento e me leva até você.
Teu rosto cândido, baila no reflexo turvo como a assimilar o momento projetado em minha memória.
Contraposto à luz, vejo a silhueta do teu corpo delineada sobre a cama.
As gotículas de parafina que deslizam longitudinalmente me faz pensar o suor a percorrer teu corpo como que a procura de abrigo.
Irradiado entrego-me aos devaneios e adormeço. Adormeço embalado pela ilusão e velado pela imensidão da madrugada.
Amanhece, despertado pelos raios do sol, abro os olhos, lanço um olhar lânguido ao meu redor e não te vejo. Então, sozinho exclamo; ondes estás tú, oh bela mulher!