Há quanto tempo
as horas se foram
e os ponteiros gastos
marcam as marcas
que o tempo
quase sem tempo
se encarregou
de tatuar em minha face...

É a areia que se consome
ou o tempo, que consome
a areia, que escorre
e transcorre com velocidade
e mostra que o tempo não tem idade? 
 
E vai dobrando a  pele do meu rosto
como um pergaminho desbotado
com tanto  desgosto...

Aí, a neve pranteia
minha visão 
e prateia meus cabelos
que não têm cor.

Com tanta dor, eu sinto
entre uma ou outra dose de absinto 
que não têm não!





 
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 02/12/2012
Reeditado em 02/12/2012
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