QUEM SOU EU?

Ao terceiro badalar do sino, acordo-me sobressaltado sem folêgo, não sei quem está ao meu lado, perdi a lembrança e o sucego.

Quem és dama estranha? Surpresa com minha pergunta,responde: Sua esposa não faça manha.

Senti temor intenso, desconhecia meu próprio íntimo. Quem era eu? Quem era ela? Questionamento árduo...

Desmemoriado, o que de mim será? Minhas memórias só os outros tem, digo calado ao meu pensamento, prefiro estar morto do que ser ninguém.

O sol aponta perante a janela, tomo-me de autopiedade, pois aquilo que parece sonho é pura realidade.

Porém com o passar das horas reavalio conceitos, que melhor seria esquecer, do que lembrar dos meus anseios, será que eu fora bom homem, bem sucedido ou quem sabe bandido? Quer saber não me importo! Para a tristeza não bater na porta,convicto e vivaz opto por ser esquecido.