LUA NA VARANDA
Reviro-me na cama. Madrugada avançada e não consigo dormir.
Jogo os lençóis para longe. Viro, reviro, e nada do sono chegar.
Ar pesado, abafado.Se continua assim, o que será no verão?
Talvez inferno de Dante, pra nossa judiação.
Tento me distrair. Mas, distrair com o que?
Nem latido de cachorro, pra assustar assombração.
Deslizo fora da cama, caminhando pelo escuro
Na cozinha em direção.
Copo de água fresquinha, da jarra na geladeira.
E o barulho do motor é o único.
Som único na casa inteira.
Copo na mão, pés descalços
Lá fora me ponho a olhar.
E o que vejo é tão belo.
Difícil até de contar.
A lua , pintando de prata, ilumina a escuridão.
É tão linda majestosa.
É divina criação
E na rede da varanda, adormeço embalada.
Pela lua prateada e as estrelas na vastidão.