Meu nome

O meu nome não tem lógica abreviado ou partido, sou dono de um segredo que não pode ser vendido, talvez possa ser ganhando, talvez possa ser perdido.

Quem for discreto verá o meu tempo abolido, nas covas das desavenças o meu sonho escondido, não se encontra entre os mortais o valor do meu saber, só os homens do futuro poderão compreender.

Não se trata de demência ou de um vagar profundo, sou de carne, sou de osso não sou alma d “outro mundo”.

Se quiser saber quem sou, me procure no quintal, sou espírito de poeta, não trabalho pelo o sal, minha cama é no relento, onde o frio faz morada, não caminho pelas ruas nem me sento na calçada.

Pela vida vou vivendo o meu sonho a percorrer.

Já perdi muitos amores, já ganhei muito sofrer, mesmo sim nunca desisto de um dia receber, o quinhão dos seres vivos que precisam respirar para a vida compreender.

Não respiro o mesmo ar das narinas dos mortais, sobrevivo às minhas custas, do meu verso embriagado, sou o dono dos meus passos, sou quem faço o meu traçado.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 04/03/2007
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