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Lua  Azul

Amei-te como pude, como a vida permitiu-me amar...

Amei-te silenciosamente, amei-te em versos e poemas

Amei-te em músicas e em sonhos...

Amei-te com medo e esperança, com ternura e malícia...

Amei-te a cada momento, nas longas esperas e breves chegadas...

E, no entanto, jamais confessei o amor que por ti sentia...

Não era preciso. Tu é que não quiseste  ler-me nas entrelinhas...

Por isso, hoje conjugo o verbo amar, no passado...

Pela última vez, eu repito baixinho, para que apenas o meu coração ouça:

Amei-te, sim...

Só  eu sei, o muito, que um dia, eu te amei...



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