TOM

Quis ser capaz.

Cantar a voz alta.

Amor e paz.

Mas fui ficando para trás.

Através de uma brecha da janela,

O que quis foi embora.

Capaz de nada.

A paz fugiu...

E o amor traiu a própria voz.

Partiu em ecos toscos...

Aos cascos o coração.

Mas não choro.

Chorar é desperdiçar o sal.

Deixo o tempero na boca enfeitar o gosto da vida.

Sem paz, mas com um amor humano.

Escreve-se uma canção.

E vivem-se os tropeços com apreço e inspiração...

Os anos soltos da imaginação,

Eu canto no meu tom.

CRISTIANA MOURA

Cristiana Moura
Enviado por Cristiana Moura em 30/11/2012
Código do texto: T4012216
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