Apenas
Apenas escrevo, se o caminho não será tão curto quando imaginei, eu apenas o escrevo.
Crio as veredas que o coração procura, ilustro o vazio que consome minha alma, me circundo de prosas que surgem do ar, rabisco o chão com os dedos e, apenas escrevo.
Deitado me olho por fora, por dentro me olho partido, tão oco, perdido, escrevo-me a dor.
Não por gostar de sofrer, apenas sinto-me leve, as folhas sentem-se livres e as linhas compõe a paz.