Claridade


Uma claridade não nominada encheu-me os olhos de uma certa luz. Luz essa que começava ao findar o dia. Mas, até quando outra vez o sol era presente sentia-se lhe a ternura roçando suave à alma em festa.

E eis que uma imensidão de brilho acelerava pétala por pétala às células envelhecidas. Já quase sem brilho pelos tantos dias cujas lágrimas floresceram apenas tristes.

Indescritível é a ação. A ação de quem conhece o segredo do vôo e raramente precisa de suas asas para plainar ante o sol... E seguia voando alto, sem jamais voltar seus olhos para a terra longuincua e escurecida.

Asas abertas. A luz é absorvida...

Gentilmente a guardada para depois. Reserva. Segurança. Força para quando o tempo gastar os tantos dias que prevê o futuro. Abrigo para quando seus passos estiverem presos ao tempo e já não tiverem mais, nenhuma saída...




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AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 23/11/2012
Reeditado em 23/11/2012
Código do texto: T4001854
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