Nos verdes do meu peito.

Vêm as chuvas de novembro e os ares de bonanças,

Os olhos são aguas calmas das felicidades, ressurgidas.

Abraço da viola, para trovar catiras e cateretês,

Plantar palavras, nos corações que antes se zangavam em penitencia...

A casa farta de gente feliz voa para fora, em agradecimento ao mundo,

Que deixaste aqui mais um pouco da perseverança de dias melhores.

“Maria mãe, do filho e pai deste lindo universo, obrigado.”

O gado se abrasa, correndo pelo pasto, sedento do verde,

Que antes era seco, feito os farelos de fubá no moinho a girar.

Benditas as palavras, das senhoras que novenas sê, por dias assim,

De glorias a quem planta das sementes e dos sonhos em todos os grãos.

“porque de que outro sonho sonharia o sertanejo, senão o de plantar e colher.”

Vejo das colinas os versos, vindos dos cascos e cavacos dos pisares firmes,

Acalentando a esperança e versando com os pássaros nossos bons finais.

A estrada recolhe-se em matos e daninhas, bem melhor que setembro,

Que a poeira girava em gozo frenético de calor e dor, a sede e a fome dos animais.

“os rios tecem em novas riquezas, peixes nas várzeas, florais acerca das margens, garças e seus ninhais.”

Se os pássaros não cantarem por alguns dias, dou-lhes os descontos dos bons afazeres,

Pois, fez em outros, dias felizes! Perambulando pelos galhos entoando pela alegria,

Das flores e torrões, que logo se agitavam por uma só nuvem no céu.

“ah, meu Deus e doutor minha gratidão, por tudo, que me dá.”

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 20/11/2012
Código do texto: T3996355
Classificação de conteúdo: seguro