UNS INSTANTES
(PR/POET/15)
O mar recuou. As fontes secaram e rachaduras no solo partem a terra como um desenho livre e sem perspectiva. O olhar cansa de ver a desolação das brechas tórridas e os campos evadiram-se sem vestígios. O viajante certamente desviará seus passos e temerá o perigo eminente que poderá tragá-lo ao distrair-se. Lamenta e cerceia por um caminho para caminhar despreocupado com o seu coração. Está fatigado e as frestas na terra lhe parecem fendas sepulcrais, abismo proposto à prova da resignação, ao mundo. O crepúsculo lhe fornece alento e calor para continuar a viver, uns instantes antecedendo ao breu. O enigma perdurava e o sonho era poder voar para além desta vastidão transformada onde uma ave soltava gritos que repercutia em ecos repugnantes à longa distancia e o coração ficava ainda mais oprimido naquele silencio tenebroso de morte e de solidão. A medida dos passsos o olhar fixo no ocaso volta a si e desperta da sua longa ausência e chega à conclusão de que nem tudo é em vão e após a decadência sucede o novo de vir.
(PR/POET/15)
O mar recuou. As fontes secaram e rachaduras no solo partem a terra como um desenho livre e sem perspectiva. O olhar cansa de ver a desolação das brechas tórridas e os campos evadiram-se sem vestígios. O viajante certamente desviará seus passos e temerá o perigo eminente que poderá tragá-lo ao distrair-se. Lamenta e cerceia por um caminho para caminhar despreocupado com o seu coração. Está fatigado e as frestas na terra lhe parecem fendas sepulcrais, abismo proposto à prova da resignação, ao mundo. O crepúsculo lhe fornece alento e calor para continuar a viver, uns instantes antecedendo ao breu. O enigma perdurava e o sonho era poder voar para além desta vastidão transformada onde uma ave soltava gritos que repercutia em ecos repugnantes à longa distancia e o coração ficava ainda mais oprimido naquele silencio tenebroso de morte e de solidão. A medida dos passsos o olhar fixo no ocaso volta a si e desperta da sua longa ausência e chega à conclusão de que nem tudo é em vão e após a decadência sucede o novo de vir.