Ao Leitor, a confusão do escritor.

E me perco no passado, que volta ao presente, e por si só atormenta, vai e vem, como tempestade (em copo d’água?)... ao som da música que agora nos representa, me sinto só, me sinto perdida, me sinto errada, culpada, enganada... como sempre confusa. As águas do rio sempre correm para o mar, e então o ostracismo... ah quem dera me pertencer o esquecimento, e que as lembranças se sufocassem nas mentiras ditas por cada um de nós no decorrer do tempo. Confusa, sim sou, quem sabe bucólica. Ah, por que voltar, por que não o fazer? Poderei novamente fugir, ou será melhor desta vez enfrentar? Quem sabe o por quê de todas as coisas? Me diz os porquês de um eu inconstante... Não eu não te digo. Sonhe, morra, se confunda. E se um dia você me quis levar à festa, ou a morte, hoje vou à guerra e luto sem causa, de luto por mim mesma. Me confundo em palavras, libero meus anacolutos, e me demonstro como um só, como um todo, como um incompleto... como um paradoxo. Meu papel é este, confundir, afirmar, perguntar, reagir. Eu escrevo essa história e você que decide, por incrível que pareça, o rumo após o fim. Pois você é o leitor.