Me queres...
Agora que morri,
tantas vezes esperando.
Depois que me soltei do eixo
e fiquei orbitando,
num universo paralelo.
Me queres...
Por meros momentos,
como se eu fosse a próxima.
Me queres...
Mas não recolhe meus cacos.
Me queres...
Depois de tanto que idealizei,
eis a ironia do destino,
que brinca conosco de xadrez.
Me queres...
Mas não gosto de quem eu sou:
impotente em teus braços,
consorte sem compromisso,
subjugada aos seus encantos.
Me queres...
Que me importa?
Meus olhos já partiram,
para outros braços.