(O ocaso...)

Como achar normal

o que é  imutável, irremediável...
Impingem à alma humana,
uma bondade mentirosa.
Este que por essência, é esquivo.
Prefere o idílio de incongruências,
ao que lhe foi ofertado

em sua existência.

O homem  vaga
perdidamente neste
 ocaso.
Bebe a essência de prazeres profanos,

para fortalecer seu poder e a libido.

O que esperar então?
Um fim triunfal para sua vida,
num encontro radiante de almas,
harmonizando-se com a Criação?
Ou esta encontrará
sempre aquilo que lhe é inútil,
a fim apenas de manifestar seus sentidos?

Ora!

Não me falem de paz nem harmonia,

sou um Deus desiludido,
sentado a beira de uma praia.

Tenho os pés molhados pela espuma.

A toda hora, ouço falar em guerras,
miséria, lascívia, corrupção...
Crianças morrem de fome.
Enfim, a toda hora ouço falar,
de grandes projetos humanos...

Eu apenas oiço e fico mudo!
Penso que meu grande projeto,
seja somente: esquecer-Me de tudo.