Nem de mansinho...
 
Não há porta para entrar, está fechada
e a chave anda perdida por aí.
Por mais que alguém queira bater ela não existe.
O luar não tem brilho, deu lugar à escuridão,
As estrelas no céu estão escondidas pelas nuvens,
que teimam em trazer enormes tempestades.
O olhar é demasiado triste para servir de refúgio à alguém, mesmo de mansinho, só um pouquinho, aos golinhos. Simplesmente a porta está fechada e as frestas da janela são muito pequenas para se conseguir espiar. Quem sabe um dia, que nem venha a existir, eu me perca, encontre a chave, e abra outra vez...
 
Cássia Da Rovare