Olhares

Naqueles profundos olhos negros deixei algo, talvez a paz e tranqüilidade, observá-los com paixão, esse é um fardo dos escritores ao qual acolhem com verdadeiro fervor.

Os olhos são que mais gostamos de ver em um ser, pois ali se vê a alma inflamada, delirante, apaixonada... A alma dos amantes.

É a síntese perfeita do universo integrado em cada ser já existente, existente e que ainda irá existir, podemos ser pequenos como um grão de areia dos desertos se comparados a extensão do cosmo, mas somos grandes em nosso interior, não havia presente mais sublime a ser elegido que a devoção de um olhar fervoroso de uma fé única e unânime que parte do olhar desta extensão infinita que forma os pensamentos ordinários visto em um vislumbre plasmado de emoções...

Um olhar é tudo o que eu pediria a minha musa, para eternizá-la com as pontas de meus dedos a cada pronuncia que meus lábios fossem capaz de ditar em segundos.

Afinal é pelos olhos que se enamoram os amantes em seus jogos delicados de tensão e paixão de olhares que se beijam e valsam pelos salões obscuros de explorações demoradas entre um sorriso e outro.

Carmesim, dourado, azul, verdes, negros... Todos verdadeiras perolas irradiantes a brilharem diante de verdadeiros sois de quem não consegue mais viver só entre dizer e ouvir...

São eles que veem as mãos nuas se cruzarem a primeira vez, são eles que ampliam o desejo de envolver a cintura e beijar a boca do ser tão amado, entregue a toda exortação de Amor e amor, saindo do espiritual ao carnal.

Mas o micro e macrocosmos se encontram em tão pequena grandeza capaz de expressar a mais triste amargura e infinita tristeza de quem busca correr para a polca alegre de um mundo inda não encontrado, que pode conter o mais simbólico êxtase como o piano antigo na memória moderna.

Os olhos sempre eles reveladores de mistérios inúmeros e intrigantes sensações recolhidas como fotos de pássaros livres e visões dantescas de lagos cristalinas em pleno oceano de nuvens.

Mas não sei, não sei dizer o que os meus vem, mas sei que traduzem de minha triste função as alegrias incontáveis de mentiras confortantes que acalmam os corações ansiosos, que incentiva os amores insanos, que apaziguam as guerras, que escoltam a compaixão, que enriquece...

Tudo só com a pequenez de minhas palavras em minha eterna inclusão, reclusão, exclusão de bens intactos em meus distintos olhares.

Juliana k
Enviado por Juliana k em 13/11/2012
Código do texto: T3984275
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.