“Uma estranha mulher”!
“Uma estranha mulher”!
Mereces uma poesia: não sou assim tão descuidado que não tenha notado teu olhar melancólico, teu disfarce ao passar, um tanto discreta sem querer me notar. Porém, no leve descuido olhe dentro do teu coração, e te vi muito triste, por eu não te olhar. Conheço-te faz tempo, sei da tua ilusão, do teu triste presente, da tua solidão.
Sei que não és feliz como muitos mortais, que acreditam no amor, nas promessas da sorte: que se não desse certo te restaria a morte...
Mas, a sorte não veio, a morte não te quis; foste entregue ao acaso, para que por tua conta pudesses ser feliz. Este dia não veio, a noite não passou, continuas no escuro à procura do amor...
O amor é covarde e se esconde de ti, foge como bandido, medo da prisão, para não ser agarrado pelo teu coração!