Anjos peludos
Anjos?
Sim, são anjos.
É assim que sinto-os perto de mim.
Na presença da hierarquia angelical.
Bagunceiros, por vezes brigões, mordedores, exaltados, destruidores
de papéis, sofás, cds, meias, livros, roupas, livros entre outros.
Em suas companhias percebem-se os mais nobres valores: a amizade,
companheirismo, lealdade, solidariedade, carinho, alegria, inocência,
verdade.
Para que brigar se podemos brincar?
Uma garrafa pet dividida em três partes faz com que pelo menos
quatro ou mais peludos fiquem felizes e divirtam-se muito!!!
As vezes se estranham quando querem ao mesmo tempo a mesma
coisa.
Mas nós humanos também somos assim.
Dormindo entregam-se aos braços de Morfeu (deus do sono).
Afinal precisam descansar para depois que comer possam brincar.
A inocente gratidão de lamber os pés, mãos, ou cabeça de quem os
alimenta e acolhe.
Insisto: são anjos!
Nós humanos recebemos bençãos pequenas e grandes, e quantas
vezes não agradecemos, e até desprezamos e esquecemos.
Eles porém sempre retribuem de algum modo o carinho dispensado.
Nos seus olhares percebe-se a mais intensa pureza de alma, que vive
em sintonia com a natureza.
Nós precisamos de professores, religiões, escolas iniciáticas, regras,
leis, enquanto eles simplesmente são o que são e acima de tudo são
felizes.
Liberdade?
Eles tem no íntimo do ser e manifestam-na.
Mas nós os limitamos, e no fundo queremos ter e ser o que eles tem
de mais valioso.
Com eles aprendemos sempre e sou grata a Deus pela oportunidade e
confiança depositada em mim e família, de ter permitido a presença de
seus nobres anjos em meu lar!
Kunti
Texto dedicado aos meus 8 netinhos cães