O passaredo da alegria
O passaredo da alegria
Jbcampos
Ao encanto de infinita alegria, vislumbro a pradaria ao som de algazarras. Vejo felinos sob a égide de finos gorjeios, sem suas ferinas garras. O passaredo revela o seu mais simples segredo. Sim Senhor, a minha frágil cabeça meneio à aprovação do amor natural. É a bem-aventurança a qual à paz se avança, sem nada igual. Paro por um instante de pensar na dor lancinante de ser preocupado e distante a olhar ao lado, e a vislumbrar meu irmão disfarçado. Com todo e, o mais profundo respeito, porém, tenho de velar pelo amor do meu mais restrito direito. Respiro fundo e me ajeito no alpendre de um ser possivelmente direito. Arranco de vez esta dor do meu peito. O dia está cristalino, troco minha velha cabeça por coração de menino. O rei dos astros está bem a pino. Sou velho aprendiz do viver, já era tempo de reconhecer, que a paz se encontra no mais singelo momento ao qual devo estar sempre atento. Deixo de lado o tanto de tranco golpeado pelo contratempo, para viver sem o contrassenso de ignorar o belo e querido tempo. A vida fica mais feia quando nela se enleia à teia de monstruosa faceta. Saio de casulo para ser feliz borboleta inspiradora do amor à poesia.
Como está lindo este dia ao sonoro passaredo da alegria.
Como é bom quando se sabe viver.