Não tenho nada não.
O que brilhava não era ouro,
joias não me adornavam o colo.
Aquele amor insano que te entreguei,
transformou-se neste turbilhão,
que carrego como embargo.
Uma cilada de cifras sem rima.
Verdadeiramente, não tenho nada!
Retalhos dos momentos me assombram,
como fantasmas acostumados com a casa.
Serei o espaço de cada palavra escrita,
o ponto da virgula que ninguém denota,
no poema a ser metrificado,
esquecido na vitrola emperrado.
Não precisa voltar,
não tenho nada não!
Nem sequer coração para dar pousada.
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