"TENS TEMPO". Esse sugestivo, lírico e instigante apelo estava simplesmente escrito numa tabuleta em um Café na belíssima praia da Armação, em Floripa.
Tempo... Tudo que queremos... Que precisamos... E como... Quanto mais temos, mais queremos. Uma necessidade de esticarmos ele, de o fazermos perpétuo. Sabermos que ainda estamos vivos. Vivos e prontos para usá-lo da maneira mais proveitosa possível. Tempo para plantar, para colher, para amar, para sofrer, para viver , para morrer, para tudo, ou nada fazer. Mas, se o tempo é nosso pouco importa como o usemos, desde que entendamos a preciosidade que ele é. Tempo para usufruir de cada momento. Saborear os minutos, instantes, um a um, mesmo que a ampulheta no seu eterno escorrer sempre esteja a nos lembrar que o tempo escorre rápido e não volta. Inútil querer estancá-lo, retroceder... Ele segue implacável.
E uma vontade de engolir tudo, de viver todas as modalidades do tempo... Vontade de extrair dele tudo, como se tivéssemos sido engolidos poe ele... São os dentes do moinho do tempo nos engolindo, mastigando tudo... Corpos e almas.
Olhamos para trás e vemos o passado cada vez maior, o futuro minguando...
Mas, tive tempo de tomar um maravilhoso café no poético Café "TENS TEMPO". Que bom que fui alertada à tempo!