Você é o abismo
“Eu quis te escrever, mas minhas mãos tremem quando seguro a caneta, minhas lágrimas começam a escorrer, assim molhando a folha em branco a minha frente. Eu quis te contar das noites mal dormidas, das madrugadas e insônias, mas minha voz embarga, e então me calo.
Eu quis te desenhar em minha pele, mas meus dedos tremem ao pegar o pincel, e a tinta escorre entre meus dedos. Eu quis compôr para você, mas falta uma corda em meu violão.
Eu quis te dedilhar, quis te transformar em canção, mas a tua melodia faz minh’alma chorar, e eu caio, eu caio nesse abismo que você cavou entre meus pés. Eu caio, eu caio. Porque você é o abismo, e você já está injetada em mim.”