Não há resposta possível, para saber onde anda o amor.
Vou percebendo que para viver é preciso morrer um pouco a cada dia,
é cortar laços, deslizar afetos magros e
anêmicos.
É sentir-se em êxtase daquilo que não se sente nem recente.
Tudo tão antigo para uma prosa mormacenta.
Tudo está contido na brevidade dos dias,
na desimportância que não mede os tantos quilômetros, percorridos ao avesso,
pelas mãos onde pés não flutuam,
não existem e doem nas câimbras das pálpebras.
Existe um jardim de flores mortas nos beirais do tempo, existe uma fonte rasgada de chão que me afronta o céu.
Quero ouvir os pêssegos que caem antes de nascerem, quero estar na flor da pele,
quero ser a pauta de uma nota desmedida,
quero saber onde anda o amor das manhãs,
quando galos já não cantam,
e as camélias não perfumam noites solitárias...
Cássia Da Rovare
PS: queridos, logo mais estarei com vocês.
Aos poucos vou abraçá-los.
Vou percebendo que para viver é preciso morrer um pouco a cada dia,
é cortar laços, deslizar afetos magros e
anêmicos.
É sentir-se em êxtase daquilo que não se sente nem recente.
Tudo tão antigo para uma prosa mormacenta.
Tudo está contido na brevidade dos dias,
na desimportância que não mede os tantos quilômetros, percorridos ao avesso,
pelas mãos onde pés não flutuam,
não existem e doem nas câimbras das pálpebras.
Existe um jardim de flores mortas nos beirais do tempo, existe uma fonte rasgada de chão que me afronta o céu.
Quero ouvir os pêssegos que caem antes de nascerem, quero estar na flor da pele,
quero ser a pauta de uma nota desmedida,
quero saber onde anda o amor das manhãs,
quando galos já não cantam,
e as camélias não perfumam noites solitárias...
Cássia Da Rovare
PS: queridos, logo mais estarei com vocês.
Aos poucos vou abraçá-los.