CANÇÃO DE AMOR VIVIDA…
(reedição)
(reedição)
Estou sonhando sim,
a trilha sonora é real e me faz voar
num voo no tempo e no espaço.
Na FM, a bordo de um avião que me leva a Lisboa, uma orquestra italiana toca uma linda canção:
“Torna a Sorrento”.
Lembro-me de ti, amor da minha vida.
Lembro-me de outra orquestra,
a orquestra de Bandolins de Nápolis.
A canção é a mesma.
Contudo, não preciso da orquestra nem da canção
pra lembrar-me de ti.
Sabia que eu voltei ao teu país?
Sim, foi no ano passado.
Não, não telefonei pra ti.
Do outro lado do golfo de Nápolis,
Precisamente, das ruínas de Pompéia,
contemplei a “nossa” Sorrento, no lado oposto da bahia.
A saudade bateu forte, machucou mesmo.
Mas eu resisti.
Também onde eu poderia encontrá-lo?
Ibiza, Paris, Frankfurt?
Não sei mais encontrar-te, amor.
Nem mesmo o instinto de mulher enamorada me guiaria.
Nossa história ficou mesmo lá no passado,
mas por que a lembrança dos teus beijos ainda me fazem viajar pela órbita da Terra?
Dove sei, amore mio, dove sei?
A saudade que martiriza traz-me à memória
a canção que gostavas de sussurrar
aos meus ouvidos:
“Ma non mi lasciare,
Non darmi questo tormento
Torna a Sorrento..."
Eu voltei a Sorrento,
mas não busquei o amor.
Eu sei, onde quer que estejas tu, esta canção te trará a mesma lembrança que traz a mim.
Buonanotte amore mio!
Hull de La Fuente