CORAÇÃO ENLUTADO
Quero o barulho do silêncio, nesse eterno luto.
De companhia, a areia do deserto escaldante, andar de mãos dadas com a solidão,
aceitando-a finalmente...
Quero encontrar o norte casualmente, andar a esmo, descalça, sem deixar pegadas para caravanas. Quero ouvir o sibilar do vento no firmamento, numa orquestra regida pelo tempo.
Quero o sossego do deserto frio e quente,
sem a presença de quem pergunte pela gente.
Quero do meu lado, somente o eco do nada,
reflexo do coração degradado, mosaico estraçalhado no peito.
Quero contar estrelas, fazer ampulhetas de areia,
sentir o infinito escorrengo pelos dedos. Quero o sossegar do coração doente, colocá-lo para dormir numa cadeira de balanço intermitente.
Quero vigiar suas batidas, afastá-lo do próprio corpo, sentar de seu lado e sentir que cumpri meu intento, à tempo.
Quero o barulho do silêncio, nesse eterno luto.
De companhia, a areia do deserto escaldante, andar de mãos dadas com a solidão,
aceitando-a finalmente...
Quero encontrar o norte casualmente, andar a esmo, descalça, sem deixar pegadas para caravanas. Quero ouvir o sibilar do vento no firmamento, numa orquestra regida pelo tempo.
Quero o sossego do deserto frio e quente,
sem a presença de quem pergunte pela gente.
Quero do meu lado, somente o eco do nada,
reflexo do coração degradado, mosaico estraçalhado no peito.
Quero contar estrelas, fazer ampulhetas de areia,
sentir o infinito escorrengo pelos dedos. Quero o sossegar do coração doente, colocá-lo para dormir numa cadeira de balanço intermitente.
Quero vigiar suas batidas, afastá-lo do próprio corpo, sentar de seu lado e sentir que cumpri meu intento, à tempo.