Tuas Quatro Estações

Um toque suave,

Tal qual as ondas tranqüilas de um riacho,

Que guiado pelo vento, segue,

Um caminho sinuoso de ida,

Buscando o repousar de suas ondas, de suas águas,

À sombra de folhas soltas ao vento,

Que sintilam a ternura de um olhar silencioso...

Ao chegar o Outono,

O toque suave das mãos,

O cair das folhas,

A brisa quase fria ressoava aos ouvidos,

Anunciando o toque suave de mãos silenciosas,

Que passeam sob a face das águas,

E, como folhas ao vento, molham o rosto,

Num cair terno de saudade.

Deite-se,

O riacho de águas tranqüilas chama.

Nítido, traz o desenho de olhos,

Que o guia e o faz repousar as ondas,

Nos caminhos que revelam segredos,

Nas águas que silenciam palavras,

Em toques sauves que acalentam a vida,

E descançam os olhos de quem só deseja, e deseja,

Eis as folhas caídas no Outono,

À beira de um riacho cujas ondas trazem saudade,

e revelam a verdade em uma nascente cujas águas são tranqüilas,

Caminham procurando repousar suas ondas,

Molhando rostos com águas mornas,

Mostrando o silêncio a quem olha suas águas,

no caminho das folhas que repousam e passeiam sob a face de águas ondulantes...

No Outono que se vai,

Anuncio a chegada, em mim, das tuas Quatro Estações.

C.J. Maciel

P.S.: Poesia registrada em cartório. Toda equalquer reprocução sem a prévia permissão do autor está expressamente proibida.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 28/02/2007
Reeditado em 10/11/2016
Código do texto: T396617
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