Tuas Quatro Estações
Um toque suave,
Tal qual as ondas tranqüilas de um riacho,
Que guiado pelo vento, segue,
Um caminho sinuoso de ida,
Buscando o repousar de suas ondas, de suas águas,
À sombra de folhas soltas ao vento,
Que sintilam a ternura de um olhar silencioso...
Ao chegar o Outono,
O toque suave das mãos,
O cair das folhas,
A brisa quase fria ressoava aos ouvidos,
Anunciando o toque suave de mãos silenciosas,
Que passeam sob a face das águas,
E, como folhas ao vento, molham o rosto,
Num cair terno de saudade.
Deite-se,
O riacho de águas tranqüilas chama.
Nítido, traz o desenho de olhos,
Que o guia e o faz repousar as ondas,
Nos caminhos que revelam segredos,
Nas águas que silenciam palavras,
Em toques sauves que acalentam a vida,
E descançam os olhos de quem só deseja, e deseja,
Eis as folhas caídas no Outono,
À beira de um riacho cujas ondas trazem saudade,
e revelam a verdade em uma nascente cujas águas são tranqüilas,
Caminham procurando repousar suas ondas,
Molhando rostos com águas mornas,
Mostrando o silêncio a quem olha suas águas,
no caminho das folhas que repousam e passeiam sob a face de águas ondulantes...
No Outono que se vai,
Anuncio a chegada, em mim, das tuas Quatro Estações.
C.J. Maciel
P.S.: Poesia registrada em cartório. Toda equalquer reprocução sem a prévia permissão do autor está expressamente proibida.