A VÊNUS DOS MEUS BRAÇOS

No remanso da minha mente

repousas mansamente

minha radiante musa.

Sua brejeirice doce

atadas a mim o fosse

tocaria em um repente

amornando este ser carente

onde repousas brandamente.

Que leve-me a delírios

não mais em martírios

marcantes à sua ausência.

Lembro como se hoje o fora

meu corpo no seu apalpar

nossos intrínsecos bailar

meus lábios o seu paladar

nos nossos entrededos

os meus e os seus

fábulas de julieta e Romeu.

Seu perfume ainda inalo

aroma de madeira verde

ainda sacia a minha sede

esta nostalgia tamanha

seu amornar ainda me assanha.

Esculpi-a em minhas vontades

matizei-a em meus quadros

nua sobre os prados.

A musa dos meus traços

braços em meus abraços

atados entre laços

hoje, ao seu enlaço.