Saudades de Um Mundo Antigo
O mundo está ao avesso ou serei eu?
Crianças desafiam os pais, mandam na casa, nas suas vidas e fazem o que bem entendem.
O respeito aos mais velhos é coisa do passado, antiga, errada e banal.
E aquele namoro inocente de um casal na praça, as mãos dadas, a pipoca divida ao meio em um saquinho, a flor que ele coloca no cabelo dela? Direto ao Motel vai o amor moderno.
Tenho saudade do encanto e da vergonha e do pudor.
Quero voltar àquele mundo antigo cheio de valores, de sabores, de cheiros e de gostos. Quero ter um mistério, melhor, muitos mistérios. Quero ter segredos a descobrir, a desvendar. Quero o sabor do novo, do bom e do sincero.
Choro pelos jovens perdidos em drogas de vida. Lamento pelos que morrem em garrafas de álcool. Entristeço pelos que crescem sem referência válida. Caminhei e cantei e segui a canção. Virei “cara-pintada”. Quebrei o muro de Berlim e ergui uma cerca elétrica em casa: encarcerei meu espírito.
No rápido mundo, não há tempo para o faz-de-conta. O atropelo da vida leva o homem à ruína. Mergulho na saudade daquele tempo passado que fugiu para uma época remota.
Tenho vontade de andar seguro pelas ruas, de ver cada criança em um lar, em uma escola, com um livro nas mãos.
Quero plantar mais árvores, ter mais filhos e escrever mais livros.
Como olhar as estrelas através do concreto armado e desalmado? A lua ainda brilha?
Quero homens honestos no poder, a exercer o bem comum, esquecidos de si mesmos e dando suas vidas pelo país.
Quero ver professores sorridentes, bem postos em boas vidas, com dignidade e lares bem supridos, podendo instruir sem se preocupar com a panela vazia.
Tenho saudades de um mundo sem fumaça, poeira ou ameaça nuclear em que a torres não desabem em um monte de pó.
Nesse momento, no sinaleiro, alguém bate no vidro. Olho para o lado e um revólver 38 me indica a verdade: fecho os olhos e banho-me naquele líquido vermelho. Serei apenas mais uma nota na triste estatística, um dado, um ponto, uma vírgula. O que não importa, agora eu não mais preciso sentir saudade...
O mundo está ao avesso ou serei eu?
Crianças desafiam os pais, mandam na casa, nas suas vidas e fazem o que bem entendem.
O respeito aos mais velhos é coisa do passado, antiga, errada e banal.
E aquele namoro inocente de um casal na praça, as mãos dadas, a pipoca divida ao meio em um saquinho, a flor que ele coloca no cabelo dela? Direto ao Motel vai o amor moderno.
Tenho saudade do encanto e da vergonha e do pudor.
Quero voltar àquele mundo antigo cheio de valores, de sabores, de cheiros e de gostos. Quero ter um mistério, melhor, muitos mistérios. Quero ter segredos a descobrir, a desvendar. Quero o sabor do novo, do bom e do sincero.
Choro pelos jovens perdidos em drogas de vida. Lamento pelos que morrem em garrafas de álcool. Entristeço pelos que crescem sem referência válida. Caminhei e cantei e segui a canção. Virei “cara-pintada”. Quebrei o muro de Berlim e ergui uma cerca elétrica em casa: encarcerei meu espírito.
No rápido mundo, não há tempo para o faz-de-conta. O atropelo da vida leva o homem à ruína. Mergulho na saudade daquele tempo passado que fugiu para uma época remota.
Tenho vontade de andar seguro pelas ruas, de ver cada criança em um lar, em uma escola, com um livro nas mãos.
Quero plantar mais árvores, ter mais filhos e escrever mais livros.
Como olhar as estrelas através do concreto armado e desalmado? A lua ainda brilha?
Quero homens honestos no poder, a exercer o bem comum, esquecidos de si mesmos e dando suas vidas pelo país.
Quero ver professores sorridentes, bem postos em boas vidas, com dignidade e lares bem supridos, podendo instruir sem se preocupar com a panela vazia.
Tenho saudades de um mundo sem fumaça, poeira ou ameaça nuclear em que a torres não desabem em um monte de pó.
Nesse momento, no sinaleiro, alguém bate no vidro. Olho para o lado e um revólver 38 me indica a verdade: fecho os olhos e banho-me naquele líquido vermelho. Serei apenas mais uma nota na triste estatística, um dado, um ponto, uma vírgula. O que não importa, agora eu não mais preciso sentir saudade...