DESEJO INÚTIL
DESEJO INÚTIL
Tu que ofuscaste meu ser
Deleitando no sofrimento
De um amor doentio
Daquele que te ama.
Abusaste de um coração
Calejado das amarguras da vida
Trazendo tempestades de tristezas
Onde só havia paz.
Porque me fazes sofrer
Com um sorriso causticante
Aos ouvidos daquele que te quer bem?
Oh! Mulher desnaturada,
Sem alma, sem berço, sem nada.
Oh! Mulher de alma de pedra,
Coração vazio de fortes espinhos.
Estou a amar-te,
Oferecendo meu pobre coração com as marcas da amargura
Que o deixaram pintados
Deste doente desejo,
De ser amado por ti.
Mas,
Mulher dos lábios de mel, cútis sedosa, corpo angelical.
Desces do teu pedestal
E derrama sobre o teu servo
O cálice de amor que de ti espero.
Serás a rainha do meu Reino Imaginário.
Transformarás o meu casebre
no teu Palácio encantado,
Onde os justos por excelência
Serão nossos súditos.
E assim,
Faremos dos nossos momentos de ilusão,
Os dias mais felizes de nossa vida.
Os sinos tocarão e celebrarão
Um grande amor sem fim.
Maurice Astaire