A alegria dos vermes ou uma vela pra tu
Vês, de nada adiantou tanto poder, tanta presunção esse tempo todo.
Perdeste a oportunidade que foi dada a ti para distribuir e viver o amor em todos seus matizes.
Como diz aquela música: devia ter amado mais...Ter visto o sol nascer.
Tantos anos sobre a Terra, e nada!
Se essa era tua missão. A de não amar, que missão escrota, essa.
Devia ter encantado o mundo com tua beleza humana e feito os filhos da Terra felizes, mas não.
Preferiste seguir a trilha do mal, do escárnio, do desamor.
Uma pena!
Adiantou alguma coisa? Nada!.
O sangue derramou.
Nem lágrima terá para refrigerar tua alma perdida.
Não adianta mais, nada.
Agora jaz, aí, tua carne podre sendo consumida aos poucos.
Pelo menos, nessa forma, cumpre uma missão: a de fazer a alegria e a felicidade dos vermes.
É, com tudo isso, quem sabe alguém, solitariamente, passe aqui hoje pra acender uma vela pra tu.