Quase Poente


E, nem tinha me dado conta de que as flores desapareceram. Mal começou a primavera e as árvores se renovaram vistosas e frondosas. E, ao invés de flores ofertam a sombra. Sombra boa, fresca em demasiada extensão, ocupando por todos os lados, as vias.

Não faz muito tempo. Era ainda final de outono já com aspecto de primavera e tudo coloria em volta. Várias tonalidades brilhavam. Tudo resplandecia em flores e viço. Alma nova, prestes a florir.

Chegou a primavera e, no entanto, as flores cairam... E, não chegaram as novas.

Meus sentidos me dizem que já é quase outro final de dia outra vez e, sinto que vez mais o sol se arrefece e promete ser belo. Ser poesia.

No fundo dos olhos, interagem-se passagens antigas. Não vejo. Sinto. Vibro: uma parte de tudo que é belo.

Imagens gravadas e vivas em algum lugar secreto dentro em mim, dançam. E conforme o tempo segue seu curso, a dança desse momento mágico se aviva em meu ser. Cores flutuam. E a alegria se faz. Alegria simples em esperar pela flor, em esperar para florir. Em ser luz. Em se deixar luzir.


                


                                                            ***imagens google***
AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 22/10/2012
Reeditado em 23/10/2012
Código do texto: T3947011
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