A NOVA ESTAÇÃO

O vento frio e cortante, rapidamente fez-se brisa fresca, e o sol chegou lento e ainda muito tímido, anunciando a chegada da nova estação.

Os pássaros nos fios elétricos ou galhos das árvores entoavam lindas canções primaveris. Folhagens de um verde vivo e novo sobressaiam dos galhos das velhas Amendoeiras, enquanto o meu Salgueiro Chorão, ao lado da minha velha casa, parecia querer assombrar de uma vez qualquer sombra de tristeza que houvesse no ar.

E os flamboyants? Ah! Esses exibiam excentricamente sua imensa copa de um vermelho quase infernal.

A manhãzinha ainda úmida guardava sem segredos o doce perfume das Acácias que pingavam as últimas gotas de orvalho nas calçadas e nas ainda sonolentas Damas-da-Noite, que inutilmente tentavam dormir.

Pelas ruas, flores radiantes, sorridentes. E por mais que parecesse indiferente, por dentro eu estava feliz, eu Estava contente, assim como as cerejeiras do Sol Nascente, que a primavera expõe como sua arma mais potente. O burburinho, o brilho e as cores da estação estavam por toda a parte e tomou conta dos meus olhos e fez com que o meu coração se apaziguasse consigo mesmo.

Afinal era Primavera!

E os “Amores-Perfeitos” são as únicas certezas trazidas pela nova estação.

By Nádia Ventura

NADIA VENTURA
Enviado por NADIA VENTURA em 22/10/2012
Reeditado em 13/11/2016
Código do texto: T3945535
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