Sorte
...e quando nos perguntamos quem somos e pra onde vamos, diz que é porque ainda não percebemos tudo, que viemos ao mundo pra perceber, já que a Obra, sendo perfeita, não precisaria das nossas mãos, mas dos nossos olhos. E ao procurarmos as coisas, só lhe daríamos o nome, e cuidássemos, de nossas mãos afoitas, que só colhêssemos o necessário, falando isso, apanha o trevo vulgar, arranca-lhe a quarta pétala, mostrando que a sorte é só o que falta em nós, mas que está lá, como um território, encoberto e não nomeado. Fiquei lá sentado e só, o trevo a murchar, morrendo. E sendo eu um tipo também vulgar, teria que esperar até que minhas próprias idéias me libertassem,..