BELA DO VERÃO
BELA DO VERÃO
DESCE A RIBANCEIRA UMA PEDRA QUE ROLA,
PROCURANDO ALGUMA PARADA ESTRATÉGICA.
SINTO NO MEU ROSTO
UMA LÁGRIMA QUE DESLIZA,
OBSERVANDO ATENTAMENTE
A CONFIRMAÇÃO DOS NOSSOS PROBLEMAS.
SINTO TUA FALTA,
A CADA INSTANTE,
A CADA MOMENTO DE MINHA VIDA.
SINTO O SOFRIMENTO DE TUA AUSÊNCIA
A VELAR MEU SONO,
QUANDO NO MEU DESPERTAR
ALCANÇO O TEU ÍNTIMO A VAZAR MEUS OLHOS.
ÉS BELA, IMPÁVIDA.
ÉS O LIMIAR DE UM NOVO DIA
NESTE VERÃO ENSOLARADO.
PORÉM, ENORME EM NOSSOS CORAÇÕES.
TEU BEIJO DERRAMA DENTRO DE MIM
O DOCE GOSTO DE FRAMBOESA
QUE TANTO APRECIO.
SEM TI, OS DIAS FICAM LONGOS,
MINHAS NOITES SÃO MAIS TRISTES,
AS HORAS NÃO PASSAM.
QUERO NESTES MOMENTOS DE AFLIÇÃO
DEIXAR BROTAR NO MAIS PURO CALOR,
QUE ORA MESMO ESTANDO OFEGANTE DE DESEJO,
A SEMENTE DA NOSSA SOBREVIVÊNCIA.
SIM,
EM NÓS,
BROTOU ESTA DÁDIVA DE DEUS.
SÓ NOS RESTA CULTIVÁ-LA,
REGÁ-LA,
PARA QUE ESTE VERÃO
NÃO TIRE DE NÓS,
O ALIMENTO NECESSÁRIO
QUE SE CHAMA
AMOR.
Maurice Astaire