Amiga

Quanto tempo ainda a terei ao alcance de minhas palavras

Depende apenas do meu silêncio, tal que não acreditarias...

Em minha prece incoerente, em meu coração doente.

Que encontrou a cura no teu semblante.

E neste meu intrépido instante, em que relato sob tua magia,

Vem-me de assalto o medo pois, já me passou esta estrela.

E me cruzou o firmamento, embora nada me iluminou.

Foi-se, sem demora, ausentou-se.

Talvez já percebas por minhas palavras

Embora elas não mudaram, apenas tomaram sentido.

Já não são mais efêmeras: realizaram-se.

E depois de teres ciência deste súbito que me condenas

Agirei como por brincadeira, assim como fiz em centenas.

Pois não quero que tu; estrela, ausente-se do meu espaço.

Receberei de ti um agrado num jogo de palavras desordenadas

Oh! Quem me dera estar errado, e não receber de ti uma frase,

Sem sentido, desejo ou pecado...

Como pode alguém aceitar algo em troca de uma realidade

Se tudo foi de acaso, sem artifícios, sem maldade.

Mas te peço: Não me digas clichês de momento, ilícitos

Não me sobreponha esta crueldade.

Dar-te-ei meu melhor sorriso por saber que me admiras

Embora ache graça no meu espírito, não confesse se não me agrada,

Teu apreço já me contenta, e te digo em pura verdade:

Apesar do que me condenas,

Dá-me ao menos amizade.