Conflito.

Como as virtudes da alma

Um ser pode alcançar

A luz celeste brilhante

Distante do imaginar.

O corpo é o vil algoz

Que a alma quer destruir

Que luta por seu instinto

Sem vontade de subir.

Há um conflito constante

Que às vezes nos faz um mal

Para aceitar a discórdia

Que vive num ideal.

Só temos uma razão

Então não somos iguais

O homem que quer o céu

O corpo que quer o chão

Querendo um chegar primeiro

Esquece do companheiro

Deixando-o na contramão

A carne que se diz fraca

É quem vence o combate

A alma de luz e fulgor

Descansa sobre os mortais

Revestindo-se de luto

Por causas dos desiguais

Se quem manda é físico

A morte sempre é veraz

Morre um e morre o outro

Por certo um dito que apraz

A vida só é bem-vinda

Na fórmula de ancestrais

Nunca se viu por aqui

Alguém vestido de paz.

Brasília 26/02/2007

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 26/02/2007
Reeditado em 26/02/2007
Código do texto: T393706