Presente aluno em viver
Não sou mal, não, não sou.
Talvez um pouco impaciente, inconstante, incoerente, ou, apenas humano.
Descobri a desvencilhar-me dos interesses alheios, sinto-me livre e por mais que digam que não tem amigos, sinto-me bem.
Pudera considerar muitos que me circundam como tal, mas, me sinto um fio de lã usado apenas em momento oportunos, como nos dias de dor e frio, pois quando o sol brilha nem se quer lembram-se do meu calor.
Ao decorrer do tempo aprendi que falar menos dar-me mais razão, no entanto, não aprendi a mentir, machuco em palavras por não saber guardá-las e por mais que queira ocultá-las, as jogo como manda o coração.
Não sou mal, não, não sou.
Talvez confuso, indeciso, ou exageradamente seguro, por querer que a balança esteja equilibrada na hora da passagem, para que assim a dor que possa vir não cubra a melhor parte de mim.
Apesar te ter guardado lágrimas por tanto tempo, eu as tenho aqui, com as mesmas tento regar aqueles que nem ao menos se importam.
Possa ser que eu não saiba descrever-me, no entanto, sei muito bem o que sinto, apesar de não controlar quando sentir.
Devera calar como venho feito, mas hoje me descrevo para tentar melhorar em um futuro não distante, pois hoje, sou um presente aluno em viver.