VOCÊ
VOCÊ
Este texto é uma homenagem ao colega do Recanto, o poeta JORGE LUIZ VARGAS, autor do livro MOMENTOS, EU,VOCÊ, A LUA E A POESIA, e tantos outros poemas e textos com que nos brinda a cada dia.
Quem afinal é você?
Homem maduro.
Elegante porte.
Educado, gentil, sensual
A esbanjar sabedoria e cultura,
Que somente os mais sensíveis,
São capazes de captá-las, nas entrelinhas,
Ou em todas as linhas.
Ou em cada verso
Em cada palavra, ou gesto.
Ou no silêncio que tudo diz
Nas tiradas imprevisíveis
Ou belas palavras
Pontos, contrapontos
Metáforas...
Afinal quem é você?
Sempre bem humorado.
Sorridente. Cavalheiro.
A somar, não os dias vividos
Mas vivendo o agora e esperando o amanhã.
Sem pressa, sem sofreguidão,sem medo,
Sem interrogações.
Afinal quem é você?
Malabarista das palavras.
Lua cheia enfeitando a noite de verão.
No corpo e na alma marcas do tempo. Pegadas...
Sobre elas fala, sem o menor pudor.
Deixa-as à mostra se preciso for,
Elas são como a fita
que o vencedor rompe, na hora da chegada.
Troféus com que a vida o presenteou.
Afinal quem é você?
Que brinca com a dor, incolor, sem cor...
E adora falar da natureza, do amor..
Nada o impede de intensamente viver cada dia
Deixar os raios do sol passearem pela sua tez
Sorriso cativante, insinuante.
Que, por opção, gerou lindos filhos.
E precisava mais?
Amou tantas e quantas mulheres quis
E as ama, como parte da sua história.
E a todos seu carinho oferece.
Afinal quem é você?
Cuja voz sempre firme, se embarga.
E a emoção explode. Não como um vulcão.
Mas suave como uma límpida cascata,morro abaixo.
Trêmula a voz fala do tempos idos
Relembrando, no dedilhar do teclado
Na abertura e fechamento do fole
A duração de cada nota, os efeitos do vibrato.
do garoto que a vida fez homem.
A poesia...
Sim ela é sua alma.
Sua calma. A melancolia que acende a chama,
E o transporta ao passado.
E cada verso materializa um instante.
Cena gravada. Sentida, vivida... distante.
Este é você!
Mente de homem.
Coração de menino
Eterna alma de poeta,
Que com seus versos nos
Acalanta...Encanta.
E neles se fortalece.
Poemas... versos... rimas...
Que se espalham como o vento
A movimentar os cataventos
Moinhos, redemoinhos,
A poeira dos caminhos...
Maggá 12-10-2012