A boca perfumada.
Enquanto ele caminhava chutando pedregulhos, envelhecendo os sapatos, não observou a paisagem do caminho, não viu a cerca viva sendo pintada com borboletas coloridas.
Enquanto ele seguia enfurecido com a própria vida que não viveu, acumularam se dias de dor na garganta seca, que proferiu palavras amargas, que ecoavam sem medo ferindo o azul do céu. Chovia amarguras.
Desgastados os argumentos contra a amada, nada viu útil em seus dias precários, longe do espelho ainda se imaginava gente. O que na verdade não era, se tornou um animal irracional e sem amor próprio.
Um vento soprado pela boca de quem ama o alcançou ali na curva do medo, onde chorou pela primeira vez com o coração, onde sentiu o peso da solidão e voltou-se para trás, por um instante pensou que alguém ali estava, mas era só o perfume da boca que perdoa.
Por dias, meses e anos, sem deixar passar despercebidas as partículas de segundo de cada hora vivida, eu te segui de longe, semeando flores para vida, semeando frutos para geração futura, sem me desviar do caminho que é meu destino, sem temer te reencontrar e te perdoar.
Está agora diante de mim com os pés descalço, representando a alma triste, temendo não pisar no céu. A barba crescida começa ser banhada por lagrimas de olhar vermelho como fogo no deserto. De que valeu tanta valentia?Nada, não valeu de nada ser o ser intocável que não perdoa, hoje precisa do perdão.
O olhar fala, e o meu sorriu. Não entenda mal, não riu de sua figura patética pelo caminho, sorriu pela generosidade da vida, por não deixar que minha alma partisse sem antes abraçar a sua.
Daqui por adiante seguirei colhendo frutos e flores, que vão alimentar algumas almas com minha vida no altar de Deus.
Livre caminha agora, logo adiante tem um atalho, vejo luz e ouço vozes, quem sabe uma nova vida te espera?
Enquanto ele caminhava chutando pedregulhos, envelhecendo os sapatos, não observou a paisagem do caminho, não viu a cerca viva sendo pintada com borboletas coloridas.
Enquanto ele seguia enfurecido com a própria vida que não viveu, acumularam se dias de dor na garganta seca, que proferiu palavras amargas, que ecoavam sem medo ferindo o azul do céu. Chovia amarguras.
Desgastados os argumentos contra a amada, nada viu útil em seus dias precários, longe do espelho ainda se imaginava gente. O que na verdade não era, se tornou um animal irracional e sem amor próprio.
Um vento soprado pela boca de quem ama o alcançou ali na curva do medo, onde chorou pela primeira vez com o coração, onde sentiu o peso da solidão e voltou-se para trás, por um instante pensou que alguém ali estava, mas era só o perfume da boca que perdoa.
Por dias, meses e anos, sem deixar passar despercebidas as partículas de segundo de cada hora vivida, eu te segui de longe, semeando flores para vida, semeando frutos para geração futura, sem me desviar do caminho que é meu destino, sem temer te reencontrar e te perdoar.
Está agora diante de mim com os pés descalço, representando a alma triste, temendo não pisar no céu. A barba crescida começa ser banhada por lagrimas de olhar vermelho como fogo no deserto. De que valeu tanta valentia?Nada, não valeu de nada ser o ser intocável que não perdoa, hoje precisa do perdão.
O olhar fala, e o meu sorriu. Não entenda mal, não riu de sua figura patética pelo caminho, sorriu pela generosidade da vida, por não deixar que minha alma partisse sem antes abraçar a sua.
Daqui por adiante seguirei colhendo frutos e flores, que vão alimentar algumas almas com minha vida no altar de Deus.
Livre caminha agora, logo adiante tem um atalho, vejo luz e ouço vozes, quem sabe uma nova vida te espera?