" TEMPO DE CINZAS "

Depois de visitar as minhas mãos marcadas pelo tempo,

escrevi um poema que testemunhasse um tempo de cinzas,

onde um pássaro -Fênix vinha regurgitar uma solidão cotidiana.

Depois de consultar velhos desejos, tropecei na lembrança

da tua saliva posta entre os lábios entreabertos nas noites de verão,

em que repousavam canteiros de gerânios.

Não mais encontrei lembranças de teu cio,

onde enterrei de vez meu coração.