Vejo o sol que amanhece no céu sereno.
A terra canta em silêncio nas margens do rio,
se pontes servirem de passagem entre margens
que não transpostas a ferro e fogo
em violento desafio, pela arrogância de dizer eu venço,
eu tenho!
eu quero,posso e mando!
de nada servirão. Que caiam inteiras!
Para que pontes entre os que não procuram o encontro?
Mero engano de que rio; mero engano por que choro
com as vítimas inocentes deste jogo
jogadas como peças no desumano desvario.
No horizonte envenenado de cinzento o sol renasce entretanto
escondido, esquecido seu ouro vivo de sempre-eterno encanto.