O NÓ NA GARGANTA
 
 
Hoje eu despertei com vontade de me desnudar para mim mesma. Entender-me completa e claramente, saber a que vim neste mundo e buscar o âmago de meus sentimentos. Pobre de mim... Não consegui. Não sei quem sou nem o porquê de minha existência e, muito menos, para onde irei, depois desta jornada. E a quem questionar? Quem tem o poder de esclarecer-me todas essas dúvidas? Questionar Deus? Como assim, se me falta o total convencimento de Sua existência? E, se Ele existe, de fato, sou cética quanto à verdade absoluta dos fatos. Teria Deus, tempo para ouvir-me? Sou apenas um em tantos bilhões de seres perdidos neste universo... Quem me dera poder ouvir a voz do vento, quando o silêncio absoluto me rodeasse. Quem sabe, talvez, pudesse encontrar aí as respostas que tanto busco e desvendasse os segredos deste mistério insondável da mudez de minha fala... Quanto mais eu preciso, tanto mais eu me calo! Seria eu, covarde o suficiente para ousar desembaraçar sem nenhuma ajuda os nós dessa corrente que me segura, me prende, me tolhe, sem nenhuma comiseração? Ah, miserável, pequena, insignificante pessoa! Não se atreva a fugir do óbvio. Enfrente os contratempos sem medo, sem emudecer a voz, sem refugiar-se no escuro de seus pesadelos... Vá e lute! Nade contra a maré que te afoga! Desate o nó que te sufoca a garganta! Até quando irá permitir que a dor te arrebente? Fala, grita para o mundo te ouvir... Ele há te escutar!


 
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(¸.•´*(¸.•´*(.¸. •*ÓTIMA SEXTA-FEIRA A TODOS!
(¸.•´*(¸.•´*(.¸. •*BEIJOS(¸.•´*(¸.•´*(.¸. (¸.•´**
*´¨)*...**Milla Pereira♥♥***´¨)*...